top of page

Catálogo Edição_0

Existem sensibilidades que exigem de nós enxergar no escuro. Existem freixas no tempo que só mesmo a escuridão poderá iluminar. Experimentar das partilhas de feitiço elaboradas no Afrotonizar.Lab, despertou sentidos nunca acordados. Foi preciso desesquecer de muita coisa, para perder o medo de ser encruzilhada. Apenas o molde da transformação pode dar forma à vidas infinitas. É no tempo do vai e vem descompensado e para todos os lados que o manto de proteção se tece. É só e apenas somente tendo coragem pra morrer que nos tornamos eternes. Sigo acreditando que apenas poderemos edificar novas estruturas se imaginarmos o mundo outramente. É no destruir que o ato de criar se constitui e é no ímpeto de sonhar que iremos roubar heranças. A (im)possibilidade de instituir o Catálogo edição_0 é também o aterramento de nossas vidas indetermináveis e incapturáveis. Somos matéria afro-indígena, diaspórica, transatlântica e ancestral, nossos movimentos são protegidos pelo segredo. Quando criamos, nos libertamos das amarras da violência. E só criando, podemos sentir  Deuses, Deusas, Deysys. Que nesse ponto firmado pela flecha do tempo e a ética da justiça social, possamos comemorar a vida em abundância de criações  que tecem a costura das redes de prosperidade. Axé!  

composição7.png

texto curatorial
por AFROTONIZAR

>> melhor experiência pelo computador <<

ALDIR.png

ARTISTAS

fundo3.png
WhatsApp Image 2021-07-21 at 19.06.36.jpeg

Waleff Dias (Brasil, 1993). Nascido e criado em Macapá/AP. Psicólogo, artista e atualmente é mestrando em Artes Visuais na Universidade de Brasília, pesquisando segundo a perspectiva afrocentrada e do pensamento decolonial, masculinidades negras com referências da História, da Sociologia e Psicologia Clínica através das Artes Visuais. Com base das aparição – em suas diversas manifestações –, dedica-se a estudar e elaborar procedimentos perecíveis.

WhatsApp Image 2021-07-23 at 20.02.04.jpeg

Jerônimo Sodré é artista visual em processo, descobrindo  as nuances do fazer artístico nas suas buscas e escavações no retorno as suas raízes familiares, geográficas e questões raciais, num diálogo entre a música a performance e o processo de tudo isso no decorrer da sua travessia. É quase inevitável que os processos chegam também ao âmbito espiritual e sabendo que uma das principais ferramentas do colonialismo foi a igreja católica, entra então em um processo de escavar e perpetuar o exercício das relações com o subjetivo afroindígena levando a frente um processo anticolonial e fazendo emergir os encantamentos que sofreram a tentativa de um apagamento sistêmico. 

IMG_8321_jpg.jpg

Juli, é multi-artista e militante amefricana-sul baiana . Enquanto acadêmica do curso de Direito (UEMS) se dedica a estudar as relações raciais, de gênero e impactos socioambientais. Luta, estudos, ancestralidade, reexistencias de amefricanas mulheres (ancestrais do agora e do futuro), subjetividades do ser e utopias se emaranham em seus fazeres artísticos. 

fundo3.png
Foto divulgação.jpg

Raiz Rozados é artista Visual , Visionária, Mulher, Mestiça, de Abya Yala, atua como Fotografa, oficineira,
vídeomaker, performer trabalhando também com arte digital interativa, escritos, desenhos e pinturas. Seu trabalho se foca principalmente nas vertentes indígena, afro-diaspórica e mestiça da cultura, povo, no cotidiano, nos ritos , manifestações e lutas populares. Nos trabalhos autorais realiza também uma série de trabalhos colaborativos, ritos performances, ilustrações, escritos, pinturas e pesquisas de tintas de barro com pigmentação natural com o barro, urucum e jenipapo,vídeo-artes e trabalhos em realidade virtual. Em seu trabalho em geral utiliza a arte e os rito como cura em um olhar através da história e memórias em busca para alcançar as sabedorias e tecnologias ancestrais criando ficções visionárias,
na releitura do passado e na construção de novos futuros .
É graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, com Especialização em Antropologia da Arte pelo Instituto Latir no México.

IMG_20210208_001218_418.jpg

Pedro Alace, jovem amazonida, preto, do campo, nascido e criado nas águas do igarapé miri, é estudante de agronomia, militante da agroecologia e desenvolve trabalhos nas artes visuais em experimentações nas técnicas de ilustração, aquarela, colagens analógicas e digitais, murais em pinturas e lambe lambes, buscando re significar imagens diásporicas e originarias transformando-as em narrativas de poder e protesto em perspectivas decoloniais de vida e arte.

WhatsApp Image 2021-07-23 at 20.29.53.jpeg

Tauan Carvalho Coutinho, 23 anos, artista multifacetada. pesquisadora e cântico negro. Filha de Lúcia Maria de Jesus Carvalho. Bacharel em Artes com Ênfase em Políticas e Gestão da Cultura (IHAC/UFBA) e Tecnóloga em Design de Moda (UNIFACS) e Produtora cultural (TeatroEscola). Tem pesquisado narrativas visuais e da percepção numa afrorreferenciada, principlamente no que concerne as manifestações e elaborações afrorreligiosas e suas oralituras possíveis e tangíveis. Empreendedora na área da arte do vestir com o ateliê criativo Bixa Costura, no qual promove cocriações de roupas ancestrais para corporeidades reais.

124971919_3459928760757437_3851114859027470024_n_edited.jpg

Cristina Rosa, é graduada em Licenciatura em Artes Visuais pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e pós-graduada em Modelagem Plana e Moulage para Moda pela PUCPR. Atualmente trabalha como Assistente de laboratório no Lab Secreto, escola de fotografia analógica e ateliê de processos históricos e alternativos em Curitiba. 

 

Como artista plástica, desenvolve trabalhos em pintura à óleo, digital, aquarela e Cianotipia. É artista convidada da marca Ifé Personalizados, para ilustrar a Linha de canecas Orixás. Foi uma das artistas convidadas para a Exposição Linha Preta Curitiba - Inter Americano (Centro de Ensino e cultura oficial dos Estados Unidos), em 2020.

Foto de apresentação.jpg

Andrielle Mendes é pesquisadora da descolonização do imaginário e investe na produção de imagens para preservar a memória enquanto ramificação de um tronco ancestral, cujas raízes foram apagadas pela plantação colonial. É artesã, artista visual, jornalista, fotógrafa, e na universidade, desde a graduação até o doutoramento, vem se preocupando com a produção de imagens anticoloniais.

WhatsApp Image 2021-07-28 at 09.30.24 (1).jpeg

Sou Naýra Albuquerque, sou uma mulher preta, tenho 32 anos, me considero afroindígena e busco essa ascendência mesmo numa família que não reconhece a presença desses ancestrais. Sou mãe, mulher cis, videasta maranhense, nascida em Belém. 
Sou realizadora há 13 anos, e fui aprendendo cinema na prática. Hoje sou roteirista, diretora e montadora. Já realizei como diretora cerca de 10 curtas sobre política, questões pretas, comunidades tradicionais e periferia (“Florações Jurema”, “Ruas”, “Aquarela Periférica”). Fui montadora de um longa-metragem chamado Maranhão 669; Participei do filme “O Céu sem eternidade” de Eliane Caffé sobre comunidades quilombolas de Alcântara em conflito com a Base Espacial.  Realizo oficinas de audiovisual principalmente pra jovens e povos quilombolas e indígenas. Sou mestranda em Imagem e Som pela Ufscar. Realizo experimentações em videomapping e instalações audiovisuais, como em “Gravidade”, junto à Elton Panamby. Nos últimos anos tenho participado como jurada em Festivais de cinema locais e Lives sobre Cinema Negro Maranhense. 
Atualmente estou na pré-produção do filme “O Canto da Jurema” sobre a entidade indígena Dona Jurema. E desenvolvendo o roteiro do meu primeiro longa-metragem de ficção chamado “Xiri Cascudo”. Durante o mês de julho está em cartaz na plataforma TodesPlay um curta dirigido por mim chamado “Cofo do Rampa”, pela 2ª Mostra Cinema dos Quilombos.

fundo3.png
Ed Borges.jpg

Ed Borges é realizador audiovisual, editor, designer, pesquisador viado negro e artista visual nascido em Fortaleza, Ceará. Filho de uma mulher cozinheira de uma vida inteira e de um homem que foi um dos tantos operários da indústria do algodão cearense. Graduado em Comunicação - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestrando em Comunicação, na linha de pesquisa de Fotografia e Audiovisual, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (PPGCOM/UFC). Meus trabalhos artísticos e acadêmicos são atravessados por dissidências de gênero e sexualidade, racialidade, memórias e histórias familiares.

malika.jpg

Malika é artista prete cearense transitando entre mundos e corpas, Malika é o trânsito entre as linguagens, em seu caminho há poesia, teatro, música, performance, fotografia, telas, tintas, maquiagens, montagens de ilusão e construção de realidades. Acreditando nas vias de mão duplas, atua como performer, produtores e co-criadore dos coletivos Toca da Matraca e OCA.

WhatsApp Image 2021-07-24 at 21.37.38.jpeg

Francisca A. da Silva, ou Francis Silva - Santa Fé/Várzea/RN, afroindígena, formada em Artes Visuais e Pós Graduada em Patrimônio pela UFPel RS. Integrante do Arquipélago Casa Ateliê Espaço de Arte e membro do Colegiado Setorial das Artes Visuais do Estado, SEDACRS e da Setorial municipa/ Pelotas. É curadora e produtora independente, possui cursos de Curadoria de Arte Contemporânea pela Visions of Art Node Center/Berlín e Política de Arte-sistema de arte contemporânea pela Forense Latinoamérica.  A artista participou de exposições nacionais e internacionais com prêmio e menção honrosa em salões. Produziu e fez curadoria de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.  Atualmente mora e trabalha em Pelotas RS.

fundo3.png
renata.png

Renata Dorea é artivista multidisciplinar afro-indigena. Formada no Bacharelado Interdisciplinar de Artes e Design (UFJF),Dialoga com as poéticas da Descolonização através das Artes Visuais e urbanas, cyberativismo, teatro e audiovisual negros. Idealizadora do projeto #sereiasdamata, onde já conta mais de 80 murais de sereias negras pelo Brasil, Seu trabalho tem o foco em gerar protagonismo para mulheres negras através de imagens que valorizam as memórias coletivas da população afro diaspórica. Membro da APAN, do coletivo audiovisual LAB AFRIKAS e co-fundadora do Coletivo Descolonia. Selecionada para a Generación 29 do Curso Regular da EICTV( Cuba ), para a especialização em Tv e Novas Mídias.

Patrícia Jeronimo por Kraw Penas .png

Pretícia Jerônimo é cineasta, fotógrafa e arte educadora. Especialista em revelação de filmes, Cianotipia e Ferrotipia pela Penumbra Foundation em Nova Iorque. Fundou em 2017 o Lab Secreto, Escola de fotografia analógica, processos históricos e alternativos, focada na democratização da fotografia a grupos de vulnerabilidade social, que já atendeu mais de 400 estudantes. Atua na Escola de Belas Artes do Paraná, no Museu da Fotografia do Paraná e na Universidade Tecnológica. Integra o Lab Afrotonizar, plataforma de articulação de produção de narrativas criativas e imaginação política para um infinito negro e indígena.

Estudou direção de fotografia no Centro Afro Carioca de Cinema e atuou como fotógrafa still no filme Meia Lua Falciforme, de Dê Kelm e Débora Evelyn Olimpio. Dirigiu a fotografia do filme Carne Sobre Tela, gravado Super-8, de Grazi Labrazca, e o filme Lab Secreto, o Laboratório de Todo Mundo. Tradutora do filme Essa Terra Não Vai Acabar, de Matias Dala Stella. Laboratorista dos filmes analógicos para o videoclipe Real Grandeza, da cantora e compositora Bel Baroni, dirigido por Lucas Canavarro e Miro Spinelli. Produtora na Bienal de Artes de 2015, assessorou a arquiteta e artista japonesa Yumi Kori. Fotógrafa e intérprete da cantora e poeta Estrela Leminski no Festival SXSW, no Texas. Fotografou para a revista Noize a Banda Bad Religion no Øyafestivalen. Fotojornalista independente, registrou o surgimento do movimento Black Lives Matter em 2014, quando residia em Nova Iorque. Também residiu na Noruega e no Peru.

IMG_20200729_210711.jpg

cosmos benedito, nascido e crescido em Corumbá- Mato Grosso do Sul, região do Alto Pantanal, divisa com a Bolívia e o Paraguai. Artista autodidata, historiador, educador e produtor cultural. Pesquiso Artes visuais, Corpo, Gênero e Memória sob a ótica decolonial- multilinguagens. Busco através da ancestralidade indígena sul-matogrossense  a memória e o esquecimento para assumir e produzir minha existência, dar o meu nome. A arte surgiu como mecanismo de sobrevivência e desde então me aproprio de eu mesmo.
Fui membro fundador da Companhia Translúcidas de Teatro em Londrina, Paraná em 2016, além de integrar o coletivo que ocupou um prédio abandonado, o Canto do MARL (Movimento dos Artistas de Rua de Londrina) até 2018. Sou co-autor (2019) do livro "Canto do Marl: Narrativas de um lugar ocupado pela esperança estudantil e artística", projeto de pesquisa e publicação contemplado pelo edital PROMIC 2018 da Secretaria de Cultura de Londrina, Paraná.
Nesse mesmo ano me mudei para Salvador- Bahia e continuo meu trabalho iniciado no Sul.
Em 2021 estive na residência “Dança em transição” com Pol Pi, pelo Centro Cultural São Paulo, integrei o POPS (Programa orientado de práticas subalternas), com o Coletivo Ayllu, no 3º Fresta Trienal de Arte do SESC Sorocaba. 
Atualmente integro o Coletive Danças em Transições, com 10 artistes, trans e bixas. Integro as exposições online Curando do Goethe Institut Salvador com curadoria da Alexandra Rodríguez (cura-heal.com/pr-fabi) e o Mutha Brasil (mutha.com.br).

fundo3.png

ficha técnica

coordenação geral: Naymare Azevedo

curadoras: Naymare Azevedo e Adu Santos

identidade visual: Kerolayne Kemblin e 

Rodrigo Farias

designers: Yasmin Reis e Adu Santos

montagem/expografia: Adu Santos

artistas: Waleff Dias, Jerônimo Sodré, Juli Lino, Raiz Rozados, Pedro Alace, Tauan Carvalho, Cristina Rosa, Andrielle Mendes, Naýra Albuquerque, Ed Borges, Malika, Francisca Silva, Renata Dorea, Pretícia Jerônimo, cosmos benedito

bottom of page